quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Acordo decide pela criação de Fundo para bancar aumento de policiais e bombeiros

 Fundo de segurança pública será criado para bancar aumento de policiais e bombeiros. O acordo foi fechado nesta quarta-feira em reunião dos representantes da categoria com o presidente da Câmara, deputado Marco Maia, e outros deputados que apoiam a proposta de piso salarial.

Segundo o representante dos policiais e bombeiros, Benevenuto da Silva, o cabo da Silva, o fundo resolve o impasse sobre a falta de recursos para pagar os novos salários.

"Existe o fundo da saúde, existe o fundo da educação, mas não existe o fundo da segurança. Sendo criado o fundo da segurança com desconto de 5% do IPI e 5% do imposto de renda, nós estamos falando de R$ 40 bilhões anuais".

Cabo da Silva afirma que a proposta conta com o apoio de quase todos os líderes. Segundo ele, apenas o líder do PT, deputado Paulo Teixeira, ainda não assinou o acordo. A proposta de criação do fundo será levada à presidente da República, Dilma Rousseff.

"A nossa presidente está sem a informação verdadeira do que é a PEC 300 [PECs 300/08 e 446/09]. Então, nós sugerimos que o colégio de líderes, que hoje está ciente do que seria a PEC 300, de como seria o fundo para poder pagar toda a área da segurança pública, hoje eles estão com essa informação, haverá essa reunião agora e vamos, junto com o colégio de líderes, nos reunir com a presidente da República, para que possamos colocar em pauta ainda hoje a PEC 300".

Segundo o presidente Marco Maia, a principal dificuldade para aprovar o piso nacional de policiais e bombeiros tem sido a falta de recursos. Antes da reunião, Maia havia dito que os governadores pediram que a Câmara tivesse cautela ao aprovar projetos que gerem despesas para os estados.

Maia afirmou também que não vai tolerar pressão exagerada pela aprovação do piso salarial e que os deputados que deixaram a comissão criada para discutir temas de segurança pública, por estarem insatisfeitos com a demora na votação da proposta, serão substituídos por seus partidos. O presidente não quer ainda que os manifestantes durmam novamente nas dependências da Câmara dos Deputados.

"Imaginem vocês se todos os trabalhadores do Brasil ou se todos os setores que têm reivindicações viessem dormir dentro da Câmara dos Deputados. Nós teríamos uma situação quase que incontrolável".

Segundo Marco Maia, a pressão é justa, legítima e democrática, mas tem limites que precisam ser respeitados.

De Brasília, Verônica Lima

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

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