quarta-feira, 16 de novembro de 2011

E A FAMÍLIA, COMO VAI? Por: J. Ferreira



            Faz parte de nossos costumes ao encontrarmos alguém, perguntarmos: "E a família, como vai?" A resposta, quase sempre é a mesma: " Vai tudo bem, obrigado! "
         
 Entretanto, sabemos que não é bem assim. A família na actualidade vem sofrendo duros golpes que estão abalando sua estrutura. Assuntos como violência, drogas, sexo prematuro e irresponsável e tantos outros não estão sendo devidamente solucionados, pela falta de preparo dos seus integrantes.
            Preparamo-nos devidamente para exercer uma série de actividades na vida. No entanto não nos preparamos para sermos pais conscientes e responsáveis. O casal assume compromissos perante a Lei maior com relação aos filhos que lhe são confiados a guarda: de prover-lhes-ão apenas o sustento e protecção física, mas acima de tudo sua educação e formação moral. Entretanto, envolvidos pela chamada modernidade, os pais, actualmente se acham confusos e inseguros, desorientados, com dificuldades de estabelecer autoridade e limites necessários que muito ajudariam a evitar os altos riscos em relação aos jovens.
            Paternidade e maternidade são consideradas como missão, segundo a questão n° 582 de o L.E., em que Deus coloca os filhos sob a tutela dos pais, para que estes os dirijam no caminho do bem, corrigindo-lhes as más tendências. Mas há aqueles que  se ocupam mais em endireitar as árvores do seu jardim do em que endireitar o caráter dos filhos.

Na questão n° 383 do mesmo Livro dos Espíritos pergunta-se: "Qual a utilidade de se passar pelo estado de infância?"
         
 Resposta: - O espírito encarnado para se aperfeiçoar, é mais acessível durante esse período, às impressões que recebe e que podem ajudar ao seu adiantamento, para o qual devem contribuir aqueles que estão encarregados de sua educação. Portanto é na infância que o trabalho dos pais se reveste de capital importância.

A responsabilidade de transmitir princípios saudáveis para os filhos cabe aos pais ou responsáveis directos (na falta dos pais), não pode ser terceirizada. Os pais devem elaborar um modelo de comportamento que contribua de forma positiva na maneira de como os filhos devem encarar a vida.
     
A psicologia e a psiquiatria constataram que as impressões marcadas na infância constituem o acervo positivo ou negativo que cada um carrega durante toda a sua existência. "Quantos pais são infelizes em seus filhos, porque não lhes combateram desde o início as más tendências por fraqueza ou indiferença, deixando que neles se desenvolvessem os germens do orgulho, do egoísmo e da tola vaidade que produzem a secura do coração. Depois, mais tarde, quando colhem o que semearam, admiram-se e se afligem da falta de deferência e gratidão deles._ (O Evangelho Segundo o Espiritismo,cap. V item

4).
       Se no passado o autoritarismo bastava para se impor limites, actualmente o diálogo e o afecto se tornaram indispensáveis. Quantas vezes a falta de diálogo com os filhos e consequentemente o desconhecimento do que lhes vai na alma, tem feito com que interpretemos mal suas atitudes julgando-as agressivas e desrespeitosas, quando não passam de apelos dramáticos para que nos apercebamos que eles existem. Como pretender que eles nos estimem e nos demonstrem gratidão, se o que recebem de nós são migalhas afectivas, nem sempre dadas de boa vontade, insuficientes para saciar a fome de carinho que os consome?
            Enfim a actuação dos pais é de vital importância para a construção de uma família equilibrada e, concluímos que,  apesar da concorrência externa, os pais ainda não foram desbancados e cremos que nunca o serão, do dever de serem os plasmadores do caráter de seus filhos" (Rodolfo Caligaris - A vida em família)
            Pais preparem-se para serem verdadeiramente Pais!


Paulo Ribeiro
Dirigente Espírita-março-abril/2004

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