domingo, 22 de setembro de 2013

Autodoação Colaboração: Elizabeth Bandeira

A esperança é cheia de confiança. É algo maravilhoso e belo,
uma lâmpada iluminada em nosso coração. É o motor da vida. É uma luz no direção do futuro. Conrad de Meester.

Autodoação


Aprende a doar-te, se desejas atingir a prática legítima do Evangelho.
Pregador que se alça à tribuna dourada, derramando conceitos brilhantes,
 mas não se gasta nos labores que propõe é apenas máquina de falar,
 inconsciente e inconsequente. O verdadeiro aprendiz da Boa Nova está sempre a postos.
Se convidado a dar algo, abre a bolsa humilde e, recordando-se da parábola da viúva pobre, oferta o seu óbolo sem
 constrangimento. Se chamado a dar-se, empenha-se no trabalho, gastando-se em amor,
 consumindo as energias, recordando o Mestre na carpintaria nobre.
Há muita gente nas fileiras do Cristianismo que ensina com facilidade,
 utilizando linguagem escorreita, falando ou escrevendo, mas logo que é convocada
a dar ou doar-se recua apressadamente ferida no amor próprio.
Prefere as posições superiores de mando, distante das honrosas situações do serviço.
 Pode ser comparada a parasitas em alta posição na árvore de que se nutrem, inúteis.
Em comezinhos exemplos, encontrarás, no quotidiano, o ajudar gastando-se.
A pedra que afia a lâmina consome-se no mister. A grafite que escreve, desaparece enquanto registra.
O sabão que higieniza, dissolve-se, atendendo ao objetivo. Em razão disso, não receies sofrer nas tarefas a que te propões.
São os maus que de ti necessitam, Os enfermos te aguardam e os infelizes confiam em ti.
Pede a ti mesmo algo por eles e, embora o teu verbo não tenha calor nem a tua pena seja portadora da fraseologia
 retumbante, haverá sempre muita beleza em teus atos e muita bondade em teus gestos quando dirigidos àqueles para quem,
 afinal, a Boa Nova está no mundo, recordando que Jesus,
 após cada pregação sublime, dava-se a si mesmo para a felicidade geral. A estes oferecia a palavra de alento e paz.
Àqueles ministrava, compassivo, lições de vida e gestos de amor. A uns abria os olhos fechados ou os ouvidos moucos.
 A outros lavava as mazelas em forma de pústulas ou recuperava a paz, afastando os Espíritos infelizes.
E a todos se doava, sem cessar, cantando a Boa Nova e vivendo-a entre os sofredores até a Cruz,
 que transformou em ponto de luz na direção da Vida imperecível. JOANNA DE ÂNGELLIS.

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