domingo, 5 de janeiro de 2014

FELIZ NATAL ... Por: Teólogo Gaúcho

 

Recebi da amiga: Regina Almeida  - (e-mail)

 Quando observamos, da praia, um veleiro a afastar-se da costa, navegando mar adentro, impelido pela brisa matinal, estamos diante de um espetáculo de beleza rara.
 
O barco, impulsionado pela força dos ventos, vai ganhando o mar azul e nos parece cada vez menor.
 
Não demora muito e só podemos contemplar um pequeno ponto branco na linha remota e indecisa, onde o mar e o céu se encontram.
 
Quem observa o veleiro sumir na linha do horizonte, certamente exclamará: "já se foi".
 
Terá sumido? Evaporado?
 
Não, certamente. Apenas o perdemos de vista.
 
O barco continua do mesmo tamanho e com a mesma capacidade que tinha quando estava próximo de nós.
 
Continua tão capaz quanto antes de levar ao porto de destino as cargas recebidas.
 
O veleiro não evaporou, apenas não o podemos mais ver. Mas ele continua o mesmo.
 
E talvez, no exato instante em que alguém diz: já se foi", haverá outras vozes, mais além, a afirmar: "lá vem o veleiro".
 
Assim é a morte.
 
Quando o veleiro parte, levando a preciosa carga de um amor que nos foi caro, e o vemos sumir na linha que separa o visível do invisível dizemos: "já se foi".
 
Terá sumido? Evaporado?
 
Não, certamente. Apenas o perdemos de vista.
 
O ser que amamos continua o mesmo.
 
Sua capacidade mental não se perdeu.
 
Suas conquistas seguem intactas, da mesma forma que quando estava ao nosso lado.
 
Conserva o mesmo afeto que nutria por nós.
 
Nada se perde, a não ser o corpo físico de que não mais necessita no outro lado.
 

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