sábado, 27 de fevereiro de 2016

SERÁ QUE ESTAMOS VIRANDO FERAS HUMANAS OU VIVEMOS UM ESTADO PLENO DE VIOLÊNCIA? Por José Oripe


A noticia da morte “assassinato cruel” de uma jovem ocorrido durante a madrugada a poucos dias atrás na cidade de Santiago-RS, assustou as pessoas que de forma alegre e descontraídas aguardavam pela chegada do ano novo.
Pois então, como explicar tamanha violência física contra uma indefesa mulher? Até onde se sabe, a vitima acompanhada por duas amigas participavam de um jantar festivo, quando subitamente, começaram a ser jogadas pedras sobre o telhado da casa.
A vitima, saiu para averiguar e deparou-se com um sujeito que alegando não ter sido ele que atirou as pedras, passou a agredir a moça armado com uma faca, ferindo-a gravemente o que a levou ao óbito.
As outras duas amigas, foram também agredidas e feridas a golpes de faca pelo insano agressor que movido talvez por “animus necandi”  (incontrolável desejo de cometer o mal), usou e abusou da violência diante da fragilidade encontrada no teatro de suas ações criminosas.
O assassino agressor foi preso em flagrante delito, e não se têm dúvidas de que sofrerá a condenação devida que lhe será imposta pela soberana e sábia justiça, mas, algumas questões ou são revistas pelos nossos legisladores urgentemente, enquanto ainda há tempo para se adotar providencias, ou admitamos todos que fracassamos no combate a violência.
Vivemos um período de grandes perigos constantes, onde em nenhum lugar podemos nos considerar a salvos.
A falência dos órgãos de segurança pública em geral nos arremete a “ocasos estarrecedores”, e o pior na maioria das situações só acontecem devido as falhas continuadas nas ações dos gestores públicos, que em sua totalidade, são políticos eleitos e que nada entendem de segurança pública.
Policiais de todos as esferas públicas, jovens demais e despreparados para os cargos que ocupa, por lhes faltar o item mais importante na vida de um policial “a experiência em ações técnicas” ou seja “falta-lhes a velha prática do exercício da função”, perdem feio para marginais treinados, experientes e veteranos na arte do crime, chegando a ser bizarra as atuações policiais em diversos casos de confronto com quadrilhas de bandidos experientes  e profissionais do crime.
A audácia e o atrevimento desses cangaceiros da nova era, servem certamente de aprendizado para bandidos iniciantes na senda do crime, e acabam incentivando indivíduos a agirem izolados cometendo crimes iguais ao ocorrido em Santiago.
O refrão secular: “Quando as lideranças falham, a sociedade se organiza”, está começando a prevalecer.
O que costumeiramente se via pelos veículos de imprensa, policiais e bandidos sempre em confronto, agora desandou para os cidadãos comuns do povo.
Nas redes sociais já se tornou coisa normal “fazer apologia ao crime” através de vídeos exibindo maus tratos e tortura a indefesos animais domésticos, cenas de linchamentos de ladrões, estupradores, menores punguistas, delinqüentes presos em flagrante delito por cidadãos comuns tipo: caminhoneiros, taxistas, e grupos de pessoas que se divertem ante a tortura de quem deveria ser submetido ao crivo da justiça, mas é espancado até amorte ou seu desfalecimento.
A lei da pena de talião, já não deu certo no passado em países mais avançados culturalmente, fica muito claro que em nosso Brasil também não dará certo.
Em um congresso nacional que vive sobre a “acusação’ de corrupto e conduta duvidosa, pergunta-se qual é a esperança que o povo tem de que dias melhores venham?”.
Torna-se evidente que nenhuma esperança.
A priori, nas décadas consideradas até meados dos anos setenta, argüia-se a existência de um Estado Militar. Na década de oitenta argüia-se um Estado Policial. Na década de noventa até os dias atuais, argui-se a prevalência de um Estado político em toda sua plenitude democrática.  Esse tipo de Estado, infelizmente, passa por cima dos militares, policiais, judiciário, OAB e Ministério Público, como um trator, gerando normas a seu favor, com a finalidade de acobertar seus deslizes no exercício do poder.
Dessa forma o povo brasileiro, estupefato assiste a violência desenfreada crescer assustadoramente e as falanges e facções do crime organizado proliferaram por todos os recantos do País. Logo a impotência das leis ante a falência do sistema de segurança publica e o desmantelamento contínuo das policias, foram vencidos pelas mentes criminosas, marginais e doentias de nossos lideres políticos que tudo fizeram para que isso ocorresse.
Diante desse gigantesco desmoronamento estrutural do sistema político e social brasileiro, só nos resta apelar para a fé em Deus e rezar, mas rezar com fé, pois, é incontinenti que vivemos sim todas as mazelas e as condições imposta por um “ESTADO DE VIOLENCIA TOTAL E GENERALIZADA”.
É Lamentável Senhoras e Senhores!





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