sábado, 25 de setembro de 2010

HERANÇA DE SI PARA SI - (Por Kelvin an Dine )

A Herança de Si para Si.                                   
                  
A herança legitima se faz de si para si.
Na evolução espiritual, antes de tudo, somosdescendentesde nós, antepassados de nossa alma, herdeiros diretos do que fomos.
Vivemos namatéria densa paraalcançar o auto-aperfeiçoamento.
No conhecimento de nós própriostodossomos alunos.
Na Terra, ninguém ainda se diplomou na ciência de entender a si. Quando isso acontecer, o Espírito não mais reencarnará neste Globo. Mudará de escola, transferir-se-á de residência, viverá em outro mundo. Aqui temos o nosso curso de aulas onipresentes e estágios incessantes, com tomadas de lição a cada hora.
Há existências detotoal servidão espiritual. Na base dos fatos, cada qual de nós só se constitui senhor ou escravo, amigo ou adversário, vitima ou verdugodesi mesmo, exclusivamente.
Na grande maioria, por muitas encarnações cadaum paradoxalmente só tem escrito, na vida diuturna, o próprio diário abordando atos alheios, esquecido de si, quase sempre.
Reconhecimento e autocrítica são dons nascidos da racionalidade.
Se raciocinamos é, em primeiro lugar, para distinguir a nossa realidade.
Quando na condição humana, não podemos existir como o buldogue, que não se examina e nem se importa com a ausência de simpatia.
Não podemos menosprezar a higiene como o gambá, que não sente o próprio odor. 
Não nos podemos alimentar como o abutre, que não identifica a extravagância de seus apetites.
Não podemos encolerizar-nos como o tirgre, que nem desconfia de sua ferocidade.
Vacilação e desapontamento formam entre os fatores que nos revelam a auto-ignorância.
Quem se conhece sabe o que quer, não hesita e nem tão-pouco se decepciona, pois age a par das possibilidades pessoais.
Não nos fantasiemos. Registremos as nossas características bifaces entre animalidade e angelitude.
Nos pensamentos, nem sempre os nossos anseios exprimem limpidez.
Nas atitudes, nem sempre os nossos gestos exprimem elevação.
Nas palavras, nem sempre a inflexão de nossa voz reflete entendimento.
Nas análises, nem sempre as nossas conclusões se fundamentam na justiça.
Lembre-se de que a verdadeira experiência cresce com quem busca conhecer-se.
Se desencarnados estamos a caminho do renascimentos, agora ou depois, você, encarnado, avança para a desencarnação.
E nascer e morrer na carne são frases impostas para o auto-exame inevitável.

Paz e Luz.


Uberaba-MG-Abril de 1965

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