terça-feira, 7 de junho de 2011

TEMA MANIFESTAÇÃO CLASSISTA NO RJ - Choque do RJ invade quartel tomado por Bombeiros Por: J.Ferreira

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É com muita tristeza que assisti nessa manhã(sábado-4/06/2011) nos telejornais as prisões de alguns Bombeiros Militares que se manifestaram no Quartel Central do CBMRJ, conforme noticiam os anexos http://www.jornalacidade.com.br/editorias/brasil-e-mundo/2011/06/04/bombeiros-sao-presos-apos-protesto-em-quartel-do-rio.html e http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/rj/bombeiros+invadem+quartel+central+da+corporacao+no+rio/n1597001474995.html.
Senti uma dor no coração e peço a Deus que interceda em prol dos co-irmãos bombeiros cariocas; vale ressaltar que a luta é mais que justa e que a classe tentou por mais de dois meses negociar com o governo, governo este que não tá nem aí para com o povo carioca imaginem para com os bombeiros. Já dizia o finado SD Pereira (suicidou em Alto Paraíso em meados de 1996) "Segurança Pública não dá voto", foi a primeira vez que ouvi essa frase e nunca me esqueci e concordo plenamente. Liguei para um colega PMERJ que serviu comigo no CFN e este me disse que acompanhou a ação do BOPE e ele presenciou a prisão de dois primos bombeiros e que lamenta todo o fato ocorrido. Disse-me também que os PMs efeturam as prisões com muita dor no peito e que viu muitos bombeiros chorando, completou dizendo que os Bombeiros assim como os PMs recebem uma miséria, porém que há uma diferença entre os salários de uma classe para outra, algo entorno de R$450,00.
As classes de agentes militares de segurança pública de alguns estado federados estão se manifestando desde o começo do ano, a exemplos de policiais de Alagoas, Rondônia, Paraíba, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco e outros; logicamente, para que haja essas reivindicações é porque os governos não dão a atenção merecida aos guerreiros que lutam pela paz e pela ordem pública. Acredito que a classe dos milicianos estaduais devem mais do que nunca se unirem e trabalharem para darem as respostas aos governos e a algumas pessoas hipócritas e demagogas da sociedade brasileira, além da imprensa comprada e manipulada nas urnas. Infelizmente a maioria dos estados brasileiros não possuem deputados estaduais, federais e vereadores. A classe dos militares dos estados precisam se fortalecerem politicamente, senão estaremos fadados a extinção. Fazer segurança pública num País onde as leis penais são efêmeras, onde o sistema penitenciário é um caos, onde a educação não é levado a sério, onde a maioria dos políticos são individualistas (pra não dizer outra palavra), onde a maioria do povo não tem consciência dos seus deveres como cidadãos, onde a imprensa não é imparcial, onde a justiça às vezes é cega, onde alguns órgãos públicos não funcionam devidamente, principalmente àqueles que poderiam trabalhar conjuntamente com as forças policiais visando diminuir os problemas sociais e criminais (vigilãncia sanitária, Conselho Tutelar, Fiscalização de Posturas,...),  onde a nação vive num regime semidemocrático, entre outros , logicamente que essas variáveis interferem no combate a criminalidade e na manutenção da paz. Nós militares temos bastente força, não sabemos é usá-la, e por fim torço por toda classe miliciana brasileira e rezo para que os bombeiros cariocas que foram presos sejam anistiados e que o governo mantenha um diálogo de entendimento.
AD SUMUS!

Governador do Rio faz reunião após prisão de bombeiros manifestantes

Bombeiros militares tomaram quartel central na sexta em protesto por aumento. Eram cerca de dois mil manifestantes. Alguns foram presos neste sábado.

Alba Valéria Mendonça Do G1, no Rio
Mulheres de bombeiros presos chegam a batalhão
(Foto: Alba Valéria Mendonça/G1)
O governador do Rio, Sérgio Cabral, está reunido na manhã deste sábado (4) com o vice-governador, Luiz Fernando Pezão e o secretário de segurança pública, José Mariano Beltrame, entre outras autoridades, após a prisão dos bombeiros manifestantes que invadiram o quartel Central do Corpo de Bombeiros, no Centro da cidade, na sexta-feira (3) à noite em uma manifestação por maiores salários.
Após a reunião, Cabral deve dar uma coletiva à imprensa falando da crise na corporação que já dura mais de dois meses.
Os bombeiros que foram presos começaram a ser levados do quartel Central às 8h deste sábado para uma triagem. Eles foram levados para o Batalhão de Choque da PM, também no Centro do Rio. Segundo informações iniciais da PM, entre 400 e 500 bombeiros já passaram pela triagem. Muitos outros aguardam no batalhão.
Segundo a deputada Janira Rocha (PSOL), que passou a noite no quartel com os bombeiros, cerca de 600 manifestantes foram presos. Ela diz que a PM entrou por trás, antes de terminar a negociação para a rendição dos manifestantes e que deram tiros de fuzil e de borracha nos bombeiros.
Ela conta que carros dos bombeiros ficaram com marcas de tiros e que uma mulher abortou durante a invasão.
Polícia montada em frente ao batalhão
(Foto: Alba Valéria Mendonça/G1)
"Agora queremos negociar direto com o coronel Cabral. Com uma atitude como essa, ele deixou de ser governador para agir como coronel. Os bombeiros que salvam vidas só querem negociar um salário digno, querem um piso dferente de R$950. Será que Cabral consegue gastar R$ 950 nas viagens que faz a Paris?" indagou a deputada.
A polícia montada chegou a ficar postada diante do BPChoque, o que atiçou os ânimos dos manifestantes na porta do quartel.
Um representante da OAB, Aderson Carvalho, está fazendo um apelo ao corregedor para que possa entrar no quartel e saber a situação dos bombeiros detidos.
Invasão
Após uma noite inteira de negociações para que os cerca de dois mil bombeiros deixassem o quartel, a tropa de Choque da Polícia Militar e também policiais do Bope invadiram o quartel do Centro.
Chegada de ônibus com bombeiros presos
(Foto: Alba Valéria Mendonça/G1)
Para entrar no complexo, por volta de 6h10, os policiais usaram bombas de efeito moral e bombás de gás lacrimogêneo. Pelo menos duas crianças sofreram intoxicação devido ao gás e dois adultos tiveram ferimentos leves na cabeça, por conta das bombas de efeito moral que foram lançadas pelo Bope.
Desde 19h30 de sexta (3), bombeiros ocuparam o pátio e as dependências do complexo. Mulheres e até crianças se uniram a oficiais numa passeata que começou em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e que passou pelas principais avenidas do Centro, até chegar ao quartel.
Reivindicações
O Cabo Benevenuto Daciolo, porta-voz do movimento, explicou que entre as reivindicações estão piso salarial líquido no valor de R$ 2 mil e vale-transporte.
?Nós temos o pior salário da categoria no país, que é de R$ 950. Estamos há dois meses tentando negociar com o governo, mas até agora não obtivemos resposta. Nosso movimento é de paz e estamos em busca da dignidade. Não vamos recuar até que haja uma solução. Queremos um acordo, queremos que o governador se pronuncie?, disse o porta-voz.
O comandante do Batalhão de Choque, coronel Waldir Soares, sofreu fratura em uma das mãos e teve o joelho lesionado durante a invasão dos manifestantes. As informações foram confirmadas pela Polícia Militar (PM). Segundo a PM, ainda não há informações sobre quem seja o responsável pelas agressões.
Após a invasão e durante a madrugada, os manifestantes se alimentaram com o estoque de comida da cozinha do quartel. Eles consumiram pães, queijos, frutas e sucos.
Negociação dentro do Quartel Central dos bombeiros (Foto: Rodrigo Vianna/G1)
Discurso do comandante da PM
Na tentativa de convencer os mais de 2 mil bombeiros a deixarem o Quartel Central, o comandante-geral da Polícia Militar (PM), Mário Sérgio Duarte, afirmou na madrugada deste sábado, durante discurso aos manifestantes, que o momento é de reflexão. Mas foi justamente após a fala do militar que o clima voltou a ficar tenso no complexo invadido.
Por volta de 2h50, Duarte subiu num carro e, diante dos manifestantes, pediu para que todos retornassem para casa. ?É primeira vez que venho aqui numa situação inusitada. Sou apenas um homem diferente, mas eu tenho a força dos meus e quero ter a dos seus. Nós precisamos resolver esse dilema, embora isso não signifique rendição para ninguém. Tenho certeza que nenhum de nós vai usar a força. Gostaria que as senhoras e os senhores refletissem. A minha proposta é que retornem para suas casas?, disse o comandante.
Durante a fala, que durou cerca de 20 minutos, o comandante foi interrompido por gritos e cantos dos manifestantes, que repetiam: ?nem um passo daremos atrás?.
Diante da resistência, o comandante ressaltou que não pretendia usar a força e afirmou estar diante do melhor Corpo de Bombeiros do Brasil. ?Mais uma vez peço vocês sentem e conversem sobre isso. Eu não estou propondo derrotados nem vitoriosos?, completou Duarte.

Colaboração: Helder Lima - Quarai-RS

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