sexta-feira, 16 de março de 2012

BENEFICÊNCIA E JUSTIÇA (Recebi da Ana Cláudia)

"E como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira lhes fazei vós também."- JESUS - LUCAS, 6: 31.

Começai vós por dar exemplo: sede caridosos para com todos, indistintamente;
esforçai-vos por não atentar nos que vos olham com desdém e deixai a
Deus o encargo de fazer toda a justiça, a Deus que todos os dias,
separa, no reino, o joio do trigo."-
Cap. XI, 12 - ESE).

Choras nas crises de provação que te fustigam a existência, e regozijas-te,
quando os amigos se dispõem a ouvir-te o coração faminto de
solidariedade, mas se pretendem consolar-te, repetindo apontamentos
forçados, como se fosses para eles um problema que são constrangidos a
suportar, por questões de etiqueta, mostrarias mais ampla gratidão, se
te entregassem ao silêncio da própria dor.

A justiça faz-nos  sentir que o supérfluo de nossa casa é o necessário que falta ao
vizinho; que o irmão ignorante, tombado em erro, é alguém que nos pede
os braços e que a aflição alheia amanhã poderá ser nossa.

Beneficência, por isso, assume o caráter de dever puro e simples.

Recomenda-nos a regra áurea: "faze aos outros o que desejas te seja feito."

A sentença quer dizer que todos precisamos de apoio à luz da compreensão;
de remédio que se acompanhe de enfermagem e de conselho em bases de
simpatia.

Em suma, todos necessitamos de caridade uns para com os
outros, nesse ou naquele ângulo do caminho, mas é forçoso observar que
se a beneficência nos traça a obrigação de ajudar, ensina-nos a justiça
como se deve fazer.

(Do livro "Livro da Esperança",
Cap.30, Emmanuel).

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