sexta-feira, 23 de março de 2012

A MULHER E O ESPIRITISMO..... Por - Gilberto L. Tomasi


                
Voltando ao passado, vamos encontrar sempre o homem exercendo sobre a mulher o domínio do fisicamente mais forte.
E, com isso, restringindo a atividade da mulher ao interior do lar, impedindo seu acesso à cultura e ao poder.
Antigamente se questionava até se a mulher tinha alma, e todos achavam que não. No velho testamento, livro de gênesis, fala que Deus ao criar o homem do pó da terra lhe soprou nas narinas o sopro da vida, e o homem passou a ser alma viva, e somente depois do homem Deus fez a mulher de uma costela de adão e não lhe deu o sopro da vida, logo, não teria alma e seria quando muito inferior ao homem.
A mulher também, segundo o velho testamento era uma pessoa má, culpada de todos os males pois aceitou a sugestão da serpente e desviou Adão da obediência de Deus e foi expulso do paraíso.
Ainda hoje se encara o ser humano de modo diferente, quando ele se apresenta como homem ou mulher. Existe até uma certa rivalidade entre os dois sexos, que além de não trazer benefício algum, atrapalha o desenvolvimento de ambos. Porém, o espiritismo a partir da publicação do livro dos espíritos, retoma o posicionamento de Jesus a respeito de homem e mulher, ambos filhos de Deus.
No Livro dos Espíritos, nós aprendemos que os espíritos não têm sexo na forma como entendemos na organização física, são os mesmos espíritos que animam o corpo dos homens e das mulheres. Os espíritos encarnam como homem ou mulher conforme sua necessidade de evolução.
Kardec , no Livro a Gênese, enfatiza que a reencarnação faz desaparecer os preconceitos entre os dois sexos e, Gabriel Delane no livro o fenômeno espírita, comenta, que na Grécia antiga era comum à invocação dos deuses. Todos os templos possuíam mulheres encarregadas dessas invocações, não havia preconceito às mulheres.
Leon Dennis nos fala que o corpo é apenas uma forma tomada por empréstimo, a essência da vida é o espírito. Neste sentido homem e mulher são favorecidos por iguais.
Assim, o moderno espiritualismo restabelece o mesmo critério dos celtas, quando afirma a igualdade dos sexos sobre.
Com relação à mediunidade, ambos os sexos, excelentes médiuns, porém, é a mulher que parece ser autorizada a ter as mais belas faculdades psíquicas e, isso , reserva para a mulher um eminente papel na difusão do espiritismo.
Entretanto, devido às imperfeições humanas, mesmo para quem estuda de forma imparcial a figura da mulher ainda a vê como objeto de surpresa e algumas vezes de admiração.
Voltando à antiguidade, foram elas, as mulheres, as célebres videntes e sibilas, ou seja, as médiuns. A antiguidade pagã teve sobre nós a superioridade de conhecer e cultivar a alma feminina. Suas faculdades se expandiam livremente nos mistérios. Eram sacerdotisas no Egito, na Grécia, na Gália,por toda parte era a mulher o objeto de uma iniciação, de um ensino moral, era considerada quase um ser divino
A mulher era considerada a fada protetora, o gênio do lar, a custódia das fontes da vida. havia respeito. Diziam os gregos e celtas: tal seja a mulher, tal é o filho, tal será o homem.é a mulher que desde o berço, quem modela o espírito das gerações.
É ela que faz o herói, os poetas, os artistas, cujos feitos e obras permanecem através dos séculos. Ainda na antiguidade, na Grécia, em Roma, até os sete anos o filho permanecia no gineceu, sou seja, no aposento destinado as mulheres, sob a direção materna. Só, que para desempenhar tão sagrada missão educativa, era necessária a iniciação no grande mistério da vida e do destino. Era necessário o conhecimento da lei das preexistências e das reencarnações , porque é essa lei que dá a vida do ser, que vai desabrochar sob os cuidados maternos.
Esses maravilhosos poderes, esses dons do alto, a igreja ignorou na idade média, condenando as mulheres como bruxas e feiticeiras.
Mas, a situação da mulher na civilização contemporânea, também é difícil. Nem sempre ela tem para si os usos e as leis, a corrupção dos costumes e dos valores faz da mulher uma vítima da miséria, da prostituição etc..
Uma reação, começou a surgir sob a denominação de feminismo. Só que, se de um lado ele se acentua como legítimo em seu princípio, de outro lado exagera em seus objetivos. Ou seja: ao lado de justas reivindicações, o feminismo também exige propósitos que fariam da mulher, não mais mulher, mas uma cópia do homem.
Embora a mulher tenha os mesmos direitos do homem, tem alguns deveres diferentes, com o a maternidade. M movimento feminista desconhece o verdadeiro papel da mulher , e tende a desviá-la do destino que lhe está traçado.
A doutrina espírita nos mostra que o homem e a mulher nasceram para funções diferentes, mas complementares No ponto de vista da ação social, da evolução do espírito, ambos são iguais e inseparáveis.
O espiritismo , veio restituir à mulher o seu verdadeiro lugar na família e na obra social, indicando a sublime missão que lhe cabe desempenhar como : mediadora predestinada, verdadeiro traço de união que liga as sociedades da terra com as do um do espiritual.
A grande sensibilidade da mulher, faz dela, o médium por excelência.

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