quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

REPRISE DE 2011 - A ÉPOCA DE OURO DO RÁDIO, E AS FACILIDADES DA INTERNET NOS DIAS ATUAIS.

Quem descende de uma geração nascida há pouco mais de trinta anos, sabe bem o tema que vamos discorrer a seguir:
 O rádio e a sua época de ouro. A internet, as facilidades e os problemas que ela trouxe nos dias atuais.
Alguns anos atrás, era comum você ao chegar a uma casa de amigos, ouvir o som do rádio ligado, e podemos dizer que “vozes conhecidas”, de famosos locutores que se celebrizavam pela sua conversação radiofônica, rica em expressões que na maioria das vezes, o próprio locutor as criava.
E, lá no meu velho Alegrete, situado na fronteira oeste do Estado do RS, me vem a saudosa lembrança de alguns desses ilustres heróis comunicadores, que hoje, lembramos com carinho: “Edgar Hudson, o jovem Jose Fagundes com sua breve mas importante contribuição ao rádio alegretense, vitimado pela violência no trânsito a alguns anos atrás”.
Em todas as regiões do nosso Alegrete as suas vozes cruzavam os ares, e chegavam vibrantes, alegres, trazendo as noticias diárias da cidade, para a população do mais longínquo rincão do município, onde muitas vezes, o cidadão tinha apenas o seu pequenino rádio de pilhas, mas era o que lhe bastava para estar sempre bem informado de tudo.
A poucos dias atrás, andando pelas ruas de Alegrete, pude confirmar quer alguns desse antigos heróis da voz e da informação radiofônica, ainda resistem ao tempo e vivem lá no Alegrete, ainda bastante ativos e peço licença a eles para menciona-los aqui: Rafael Villar Rios (FAECO), o Samuel Marques da Silva, ilustre diretor da rádio Gazeta de Alegrete. Certamente os saudosos “comunicadores de rádio” que já não estão entre nós, são incontáveis, mas aqui deixo a minha homenagem póstuma a esses grandes homens do rádio, e aos que ainda estão vivos o meu reconhecimento e o meu abraço.
Como eu mencionei no inicio deste texto, para ser um bom locutor, não era necessário você ser doutor, mas a maior de todas as exigências era que a pessoa fosse desinibida, e manejasse muito bem as palavras, porque no serviço que o rádio prestava a sociedade, essa qualidade era indispensável para que acontecesse o “triângulo da radiocomunicação”, que consistia do seguinte: De um lado estava digamos o remetente (emissor) da mensagem, popularmente chamada de “aviso”. Do outro lado estava o receptor (destinatário), que era a pessoa para quem seria remetida a informação ou aviso. Em meio desse processo, exatamente entre o remetente e o destinatário, estava o locutor ou comunicador de rádio. Logo, é de se imaginar facilmente que tinha que ser uma pessoa com talentos muito especiais.
Os textos dos avisos a meio século atrás, chegavam até os balcões das rádios escritos em folhas de papel de pão, páginas de cadernos, etc. com uma letra quase ininteligível, e o coitado do comunicador precisava se desdobrar para entende-lo, interpreta-lo e depois repassa-lo ao destinatário.
Amigos, só mesmo quem pode viver essa época em que o rádio era o “senhor das comunicações”, pode relatar da forma que o faço agora. Viajando com meus pais pelas rodovias dos Estados do Sul do Brasil, na década de 70, era unânime a audiência das rádios em restaurantes, postos de gasolina, pousadas e bares de beira de estrada.
Que saudades dessa época que não volta mais e da voz imponente desses “seres especiais”, que eram os comunicadores de rádios, que acordavam cedo e colocavam para dormir seus ouvintes com suas vozes ululantes.
Eu sei que nos dias atuais, as rádios am/fm, estão ai no ar e em plena atividade.
Peço que me perdoem o saudosismo, mas já não é a mesma coisa de antes.
Perdemos a beleza e o encantamento da mensagem de voz e da verdadeira programação popular, que era a programação radiofônica.
Eu que iniciei em rádio anos atrás, posso dizer que sou testemunha viva das mudanças e da evolução das comunicações radiofônicas. Nos anos de 2007/2008, mantive uma participação em um programa evangélico aos domingos, com o nome: Você Sabia? Programa que ia ao ar em uma emissora local e ali, pude observar o quanto tudo mudou.
E a denominada “era da internet”, que em meados dos anos oitenta, no Brasil, teve o seu despertar evoluindo expressivamente nestes trinta anos. Hoje, as maiorias dos moradores da zona rural possuem em suas casas, modernos equipamentos eletrônicos de última geração.
Com o advento da eletrificação rural, e o avanço desenfreado da “era da informática”, equipamentos sofisticados tipo: TV LCD, DVDs, Antenas Parabólica, Micro Computadores, Noot Book,  Geladeiras e etc.  são largamente utilizados, fazendo parte dos bens indispensáveis ao homem e da mulher rural.
Com o uso desses equipamentos, veio a “febre” dos endereços eletrônicos, e aí temos: os E-mails, MSN, Blogs, Twiter, Orkut, etc.
Através desses recursos eletrônicos e de fácil manejo, qualquer pessoa por mais humilde que seja, tem condições mediante explicações sutis, de operar e fazer uso diário da máquina. E as facilidades são inúmeras porque você tem ali na sua frente, caso o deseje, além da imagem da pessoa com quem está interagindo, como ainda poderá ouvir sua voz com clareza.
E caso a sua máquina não dispuser desses recursos, não tem importância, você ainda poderá se comunicar interagindo com a outra pessoa, digitando e recebendo mensagens de textos.
Tem a impressionante facilidade de remeter uma mensagem, “informação e ou aviso”, para diversas pessoas ao mesmo tempo, em uma única mensagem.
Podemos dizer sem medo de errar, que o rádio ainda ocupa um lugar destacado e importante dentro deste processo evolutivo e de avanço da internet.
Não são todas as pessoas que já possuem os recursos da informática, e em seus lares ainda não há presença de Noot Book, Micro computadores, etc. Atribui-se a isso, o alto custo financeiro vigente para se adquiri uma máquina eletrônica dessas. Mas ela, queira nós ou não, chegou para ficar e tem se modernizado dia a dia: A Internet.
Já é possível acessar e até enviar “recados” (mensagens) para qualquer lugar do planeta, através de um simples celular, e ainda ouvir programações de TVs, rádios, enviar e-mail e ouvir as programações em rádios am/fm.
As empresas fabricantes destes equipamentos eletrônicos cada vez surpreendem mais os seus usuários, pela ousadia a cada invenção apresentada ao mundo.
E para mim, e os de minha geração, nos cabe a alegria de termos vivenciado uma época tão importante do rádio brasileiro, e também, a felicidade de estarmos aqui, desfrutando desses inventos maravilhosos, e testemunhando uma nova era de avanço nas comunicações eletrônicas, da informática e a expansão da internet.
Essa é a era da internet, dos chamados internautas que compreendem desde crianças, jovens, adultos e idosos, como verdadeiros substitutos dos também saudosos  “rádios-ouvintes”.
Que legal não é mesmo? Então, vamos nos juntar a eles e entrar também na “era dos internautas”, com se acessássemos um Chat imaginário do tamanho do universo.
Como nem tudo é alegria, não podemos nos furtar de abordar os problemas  que vieram agregados com a internet e toda a tecnologia adicional.
O uso desta parafernália tecnológica de elevado poder interativo, trouxe com ela os maus usuários, ou seja, aqueles cidadãos que utilizam esses recursos para a prática de crimes diversos, entre eles: a exploração sexual de crianças, jovens e até adultos, crime de pedofilia, invasão de sites e e-mails, invasão de contas bancárias,  etc. coisas que na época do rádio não existiam.
Eram praticamente zero as taxas de crimes com a utilização da radiofonia, e se algum sujeito ousasse pronunciar alguma gracinha “palavra mais pesada”, durante um programa qualquer, no ar, logo era chamada a sua atenção e penalizado se fosse o caso.
Mas isso, comparado aos crimes de hoje com a utilização da internet, era muito pouco ou quase nada.
Mas em fim, saibamos todos desfrutarmos das facilidades que o advento da internet nos proporcionou, e a utilizemos sempre para o bem. Que possamos usá-la para a finalidade para a qual foi criada: “aproximar as pessoas, melhorar as comunicações entre povos e as pessoas, desenvolvimento da educação e das pesquisas cientificas sérias, e principalmente, para estreitar as relações de amizade e a paz mundial entre as nações”. 

Autor: Jose Oripe Barbosa Ferreira

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