terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Especialistas em Segurança Pública... Será Mesmo? Eu em? Por: J. Ferreira

Especialistas em Segurança Pública... Será Mesmo? Eu em?

É um fato muito comum nos casos envolvendo grandes conflitos sociais, onde ocorre a desestabilização da lei, da ordem  e da tranqüilidade pública, igual ao que aconteceu lá na cidade do Rio de Janeiro no complexo das favelas do alemão, os veículos de imprensas ao veicularem  suas noticias, se socorrerem da opinião dos “especialistas em segurança pública.”
Esses cidadãos, expressam as suas opiniões como se fossem os senhores absolutos da situação, e os únicos entendidos profundamente do assunto.
O que a gente fica se perguntando, como é que pessoas as quais na maioria das vezes, nunca pisou o chão de uma favela, tampouco sujou as solas dos seus sapatos com a poeira das ruas e vielas daqueles lugares, podem ter  a cara de pau de bancar o entendido e fazer imprecisas e mentirosas afirmações?
Ainda no dia de ontem, mais precisamente à noite, eu assisti em um telejornal, uma senhora sendo entrevistada e confesso que fiquei perplexo com as besteiras, com as abobrinhas que ela falava para o entrevistador.
No caso especifico, lembramos que nos reportamos sobre a situação de violência que ocorreu recentemente na  capital carioca,  ficando evidenciado claramente que estabeleceu-se ali, uma situação de grave conflito social armado, e de  subvenção da ordem pública.
O que a gente não consegue aceitar e nem entender, é como pessoas que nem conhecem a realidade e a verdade real da vida nos morros e favelas fluminenses, falem de peito aberto e ainda dar em sugestões  fúteis.
É preciso que acima de tudo se reconheça que a cúpula policial do Estado do RJ, é de total competência para resolver essa situação que é extremamente grave, e que não acabou com a ocupação das forças policiais da favela e a expulsão – em tese – dos líderes do tráfico. É preciso  muito mais do que isso, existem ainda outras inúmeras questões a serem dominadas e  solucionadas pelo poder público, a primeira foi a libertação dos moradores do domínio dos traficantes pelas armas e terror físico, agora, tem o saneamento, saúde, educação, etc.  tudo isso, sem nunca mais relaxar a situação de prover a segurança publica aquelas pessoas ali estabelecidas.    
Como é de conhecimento publico, os corajosos policiais ao serem deforma injusta e covarde, atacados pela bandidagem, até manifestaram um momento de surpresa e susto. Logo depois de passados os primeiros ataques, se rearticularam e partiram firmes, resolutos, decididos e com ações muito bem planejadas para cima dos seus agressores. Esses agressores eram bandidos perigosos e muitos bem armados, entrincheirados no complexo de favelas do alemão, e nos acidentes geográficos naturais e artificiais ali existentes.
Temos a convicção firme de que entre tantas opiniões ouvidas, a única que podemos creditar como  a mais considerada seja a do Sr Rodrigo Pimentel, um ex-capitão do BOPE-RJ, atualmente comentarista de segurança da rede globo.
Rodrigo Pimentel, conhece a fundo a situação da vida nas favelas do complexo do alemão, porque em outros tempos, quando ainda era um oficial de policia militar, muito perambulou nela em operações policiais. Tem o conhecimento necessário para falar do assunto, além de ter o conhecimento técnico policial e treinamento profissional de uma academia policial de renome mundial, como é a academia militar do barro branco em sp.
Só como curiosidade, vejamos o que nos diz o dicionário de língua portuguesa: 
                    Antropologia, s.f. Ciência que estuda o homem, sua origem, evolução, costumes, instituições culturais, etc.
                    Antropólogo: Especialista em antropologia.
                    Biologia. s.f. Ciência que tem por objeto o estudo dos seres vivos e as leis da vida.
                    Biólogo: Especialista em biologia.
Como se lê acima, não fala nada sobre segurança pública em estudo e prática. É melhor esses entendidos “de salas de aulas”, tomarem um chá de  “semancol”, pois apesar dos seus diplomas de mestres e doutores nisso ou naquilo, nada contribuem quando se tratar sobre táticas de guerra (conflito urbano), contra perigosos traficantes armados.
Deixemos essa análise técnica para quem possui melhor qualificação sobre o tema. Ademais, você não observa um policial ser convidado a opinar em  veículos de imprensa sobre as questões de biologia e antropologia, muito menos fazer análises técnicas sobre tais assuntos.
Outro ponto de relevância impar, foi a sábia decisão adotada pelo Poder Judiciário carioca, e certamente com a aquiescência dos demais órgãos pertinentes, onde todo o cidadão que fosse preso e comprovadamente envolvido com os traficantes do complexo de favelas do alemão,   imediatamente transportados para presídios no Paraná e do norte do país.
Muito particularmente, eu, sempre acreditei na eficiência da Justiça dos homens, e no Ministério Público, onde tenho grandes amigos, e acredito também, na bravura e eficiência das Policias Militares no combate ao crime organizado. 
Eu como um bom brasileiro,  tenho esperanças renovadas depois desse episódio inóspito, violento e de combate ferrenho e brutal, ocorrido entre as forças do bem contra as forças do mal.
Parabéns mesmo à Justiça Brasileira, por sua soberana e sábia decisão, nós, os cidadãos brasileiros, nos sentimos orgulhosos dos nossos magistrados. Parabéns as nossas Policias Civis, Policias Militares, Policias Rodoviárias, Bombeiros Militares, por suas coragens, por suas demonstrações de que o Rio de Janeiro tem concerto sim, é só deixarem as instituições responsáveis agirem como o fizeram. Sou de opinião que passe o tempo que passar, o bem sempre vencerá o mal.
Outro ponto que é impossível a gente ficar calado, impassível, sem tocar mesmo que levemente, é o seguinte questionamento eficaz: Será que a denominada “situação de tranqüilidade pública, e o restabelecimento da ordem pública e social”, está garantida definitivamente, mediante a ocupação armada e com a presença física e marcante do contingente de policiais militares e também militares do exército brasileiro?
Será que a presença do Estado “ora representado por homens fortemente armados”, é a solução definitiva? Sinceramente, eu acredito que não é.
O meu questionamento, é qual a situação emocional das crianças que vivenciaram esse caos? Digam-me por favor quem é que cuidará delas?
Afinal das contas, e os adultos que viveram nesse período de suas vidas sob o domínio do medo, terror, ameaças? Todo esse povo pressionado e sob o domínio do medo, e do pavor, ameaças? Pressionado, obedecem às leis ditadas pelos chefes do tráfico e também, arriscando a ser punidos pelas leis criadas pelos traficantes.
Quem cuidará irá tratar as seqüelas deixadas pelo jugo do terror? Qual é o médico, psicólogo, etc... Digam a nós os demais brasileiros que estamos longe do problema, mas acompanhando tudo pelos veículos de imprensa.
Quem tratará essas pessoas as quais tiveram suas vidas traumatizadas pela situação horrível que eram obrigadas a viverem em sue dia a dia?
Eu, imagino o que passa por suas mentes, deve ser um sentimento misto de alegria, mas ao mesmo tempo, de muito receio. Claro que de um medo incontido, pois como é costumeiro nesses casos “as forças legais de segurança” se retirarem em pouco tempo, e os traficantes retornarem com uma violência ainda maior do que a de antes.
Imagine só, o quão difícil é morar nos morros cariocas, e ainda ter que viver na condição de refém, de escravo dos traficantes ou sob a vigilância dos policiais fortemente armados, os quais observam a todos com desconfiança e medo.
Na realidade, para os policiais ocupantes do território, até que se prove o contrário, cada pessoa ali da favela, poderá ser: “um parente, um amigo e colaborador, um simpatizante, ou até mesmo um dos bandidos remanescentes  que ainda permanece por ali infiltrado, e repassando informações aos bandidos”, sobre as atividades policiais para os seus lideres ora homiziados por ai em algum esconderijo qualquer.
Precisamos pensar em soluções melhores e calcar nossa linha de cão em abalizados projetos sociais e  que sejam esses projetos, agilizados, desenvolvidos pelas ONGs que militam na comunidade da favela do complexo do alemão.
 Sejam chamados a agirem em conjunto, todas as instituições religiosas, que possuem ministérios eclesiásticos legais e em franca atividade na região dos conflitos. Que tal qual a Justiça, o MP, Policias em geral, e demais órgãos municipais, estaduais e federais, e particulares, criem também a sua Força Tarefa Social; uma força tarefa de paz, de reeducação social, e de apoio espiritual e moral, que a valorosa OAB, como sempre atenta e vigilante nos momentos críticos do pais, seja com a sua presença uma constante diretamente no local.
Que em todas as ações que forem realizadas na favela do alemão, o amor ao próximo seja o ponto mais forte. Que possamos dentro de muito pouco tempo, nos orgulharmos de mais esse grande feito: “A Vitória do Amor e da Democracia Plena.”


Autor: J.Ferreira
BLOG:  J.Ferreira e Amigos

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